Gotas de beleza

"A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica". (Pablo Picasso)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Visita a exposição de Escher


Uma das exposições mais legais que fui esse ano foi “O Mundo Mágico de Escher” que aconteceu no CCBB do Rio de Janeiro. Contava com diversas xilogravuras, litografias e instalações feitas através de labirintos e jogos de espelhos do artista que usava a ilusão de ótica e impossibilidades matemáticas como enigma que encanta o espectador.
Uma das características mais conhecidas das obras de Escher eram as figuras tridimensionais impossíveis de existir na realidade e a sobreposição de vários espaços em uma única imagem.
Relatividade (1953)

"Três planos de gravitação agem aqui verticalmente uns sobre os outros. Três superfícies terrestres, vivendo em cada uma delas seres humanos, intersectam-se em ângulo recto. Dois habitantes de mundos diferentes não podem andar, sentar-se ou ficar em pé no mesmo solo, pois a sua concepção de horizontal e vertical não se conjuga. Eles podem, contudo, usar a mesma escada. Na escada mais alta das aqui representadas, movem-se, lado a lado, duas pessoas na mesma direcção. Todavia, uma desce e a outra sobe. É claramente impossível um contacto entre ambas, pois vivem em mundos diferentes e não sabem, portanto, da existência uma da outra."   (Escher, 1994, p.15)
O Encontro (1944)
A partir dos limites cinzentos duma parede traseira, desenvolve-se um complicado padrão de figuras humanas brancas e pretas. Como seres vivos que são, precisam, pelo menos, dum chão sobre o qual se possam mover. Foi para eles desenhado um, tendo no meio um buraco circular, de maneira a poder ver-se ainda, tanto quanto possível, a parede traseira. Assim, são obrigados a moverem-se em círculo e ao mesmo tempo a encontrarem-se no plano de frente: um optimista branco e um pessimista preto que apertam as mãos.” (Escher, 1994, p. 11)


Os azulejos mouro e o contato com a arte árabe e suas tramas abstratas, inspiraram sua paixão pela divisão do plano em figuras geometricas. Porém, Escher substituiu as figuras abstratas por figuras concretas existentes na natureza como pássaros, peixes, pessoas.
 
Ar e Água I (1938)
Abaixo uma das obras que mais gosto e mais me intriga de M. C. Escher, Queda de água (1961)


“Esta obra consiste em traves rectangulares que se sobrepõem perpendicularmente. Se seguirmos com os olhos todas as partes desta construção, não se pode descobrir um único erro. No entanto, é um todo impossível porque de repente surgem mudanças na interpretação da distância entre os nossos olhos e o objecto. No desenho aplicou-se três vezes este triângulo impossível. A água duma cascata põe em movimento a roda de um moinho e corre depois para baixo, numa calha inclinada entre duas torres, devagar, em ziguezague, até ao ponto em que a queda d'água de novo começa. O moleiro tem, de vez em quando, de deitar um balde de água para compensar a perda por evaporação. Ambas as torres são da mesma altura, mas a da direita está, contudo, um andar mais baixo do que a da esquerda.”

Abaixo eu e duas amigas interagindo com uma obra.


Todas as citações foram retiradas do site: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/escher/prosto.html

 
 


Um comentário:

  1. Legal seu blog, Lili!
    Desculpe só vir hoje aqui, mas amei! estarei sempre que puder!
    Bjos, com carinho.

    ResponderExcluir