Gotas de beleza

"A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica". (Pablo Picasso)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Robert Doisneau, o fotógrafo do beijo

“As maravilhas da vida diária são tão excitantes;
nenhum diretor de filmes pode montar o que você encontra na rua.” Robert Doisneau

O beijo do hotel de Vilne, 1950
A fotografia mais famosa de Doisneau

O francês Robert Doisneau, nasceu na cidade de Gentilly (em 14/4/1912). Desde o início de sua carreira, se mostrou apaixonado pelas ruas. Influenciado pelos trabalhos de Henri Cartier-Bresson e outros grandes nomes da fotografia, ficou famoso ao fotografar a vida social de Paris e cidades vizinhas, sem nunca fazer distinção de classe social.  Foi observando o cotidiano das pessoas nas ruas que ele desenvolveu uma grande ternura para com estas classes populares que ele frequentava e que iam se tornar durante mais de cinquenta anos seu objeto de estudo. Sua obra consiste em fotografias de crianças, cenas da periferia, pessoas simples e solitárias e são carregadas de poesia e um toque de humor.
Se tornou tão popular que suas fotografias foram eternizados como postais e até hoje estão presentes na vida dos franceses.
“Eu não fotografo a vida como ela é, mas a vida como eu gostaria que fosse.” Robert Doisneau
Picasso e os pães, 1952

Um dos seus focos são as crianças que brincam pelas ruas sem a interferência dos pais e são retratadas por Doisneau — um dos fotógrafos mais conhecidos da França — com respeito e seriedade.

Les Freres, 1934

Doisneau serviu como fotógrafo e soldado durante a Segunda Guerra Mundial e usou suas habilidades para criar passaportes e outros documentos falsos para a Resistência Francesa durante a ocupação alemã.
Resistance fighter at rest, 1944

Abaixo, algumas fotos da série intitulada Um Regard Oblique (Um olhar oblíquo) de 1948. Trata-se de um divertido registro de imagens, cujo objetivo era flagrar a expressão das pessoas que paravam para olhar a vitrine de uma galeria de arte e se deparavam com um quadro de nu feminino, considerado vulgar para a época.







La Dame Indignée (A senhora indignada), 1948




quinta-feira, 12 de abril de 2012

Exposição: Tarsila do Amaral

Logo no sábado de Carnaval, depois de seguir o bloco do Cordão da Bola Preta na Av. Rio Branco no Rio de Janeiro, fui direto para o CCBB "seguir" o Circuito Afetivo da Tarsila do Amaral. Um calor danado, cansada e com meus pés doendo, eu não podia deixar de ver as obras dessa artista que, apesar de não ter participado da famosa Semana de Arte Moderna de 22, é considerada o ícone do modernismo no Brasil.
Eu estava acompanhada de 3 sobrinhas que, no início, reclamaram bastante de ter que andar mais dentro do CCBB pra ver exposição. Mas quando se depararam com aquelas telas coloridas e já muito conhecidas de jornais e revistas, caminharam numa boa sem reclamar.
Lá dentro, resolvemos deixar o cansaço de lado e mergulhar no universo colorido da artista. Admirar as obras de Tarsila é como viajar no imaginário de uma criança que não tem medo de usar as cores. As mesmas cores que foram consideradas por seus mestres, no início de sua carreira, de "caipiras e feias", mas que mais tarde iriam se tornar a marca principal de sua obra.
O circuito carioca não recebe uma individual da Tarsila há mais de 40 anos. A exposição "Tarsila do Amaral - Circuito Afetivo" vai até o dia 29 de abril. Corre que ainda dá tempo! Ou você vai esperar mais 40 anos para apreciar a obra dessa, que é considerada a mais importante artista brasileira?

Carnaval em Madureira, 1924

A negra, 1923

Antropofagia, 1929

Manacá, 1927

O lago, 1928

O ovo, 1928