Gotas de beleza

"A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica". (Pablo Picasso)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

David Lachapelle

Seu primeiro trabalho como fotógrafo foi na revista americana Interview fundada por Andy Warhol.  Suas fotografias foram capas de grandes revistas como Vogue, Rolling Stone, Interview, Vanity Fair e já produziu capas de álbuns de músicos como Macy Gray, Whitney Houston, Mariah Carey, Elton John, Madonna, além de trabalhos publicitários para as marcas L’Oreal, MTV, Diesel Jeans, Ford, Sky Vodka, etc.
Para mim é um dos melhores fotógrafos da atualidade.  Suas fotografias se difere de outros profissionais pela sua ousadia em criar imagens surreais e bizarras, com um colorido forte e ultra saturado em um cenário que mistura o inusitado cômico e o glamour das personagens.
É fácil reconhecer um trabalho de LaChapelle, sua temática é única e seu jogo de cores exagerado cria um mundo surreal onde tudo o que compõe a imagem é peça importante para a composição da mesma.

A ousadia de um fotógrafo brilhante
Deliciem-se!!
Suas imagens fantasiosas são compostas por relvas, jardins absurdamente verdes.
Angelina Jolie
As personagens de suas obras nunca estão longe da objetiva de sua lente, porém longe o suficinete para que seu corpo se comunique com a imagem.
Suas personagens são deslocadas no tempo e espaço, em situações opostas às do mundo real,
ou no mínimo opostas às que nos habituamos a ver.
O caos e o glamour!

A temática de Lachapelle é mostrar imagens diferentes às que estamos acostumados a ver, mesmo que, essas imagens nos chege com referências à imagens anteriores.
A venus contemporânea
Alguma semelhança com O nascimento da vênus de Botticelli?
Um dos pioneiros na arte da manipulação digital, conferindo às suas obras um efeito único.
cores, cores, cores

Apenas David LaChapelle poderia fotografar uma Bjork com um olhar pouco atraente.
Bjork, by Lachapelle

Polêmico:
O artista choca ao recriar imagens que lembram cenas bíblicas e mistura em suas obras, celebridades e ícones máximos da religião cristã.





Será uma pietà dos dias de hoje?
Courtney Love, by Lachapelle

Aqui ele faz uma representação de Michael Jackson nos braços de Jesus.
American Jesus: Hold Me, Carry Me Boldly, Hawaii

sábado, 22 de outubro de 2011

O mito de Eco e Narciso


O mito de Narciso é sem dúvida o mais comentado da mitologia grega, dele tem origem o termo narcisismo, que ao pé da letra significa "paixão por si mesmo". O mito de Narciso tem relação com o mito da ninfa Eco. A versão que escrevo abaixo é do livro de Thomas Bulfinch (1796-1867) chamado "O livro de Ouro da Mitologia".


Eco falava demais e foi castigada
Se apaixonou e foi desprezada.
Pobre Eco, ela só queria ser amada.

Para Narciso não havia beleza igual a sua
O orgulho o cegou.
Pobre Narciso, morreu
Desejando a imagem refletida.

Eco, Alexandre Cabanel
Eco era uma bela ninfa, amante dos bosques e dos montes, onde se dedicava a distrações campestres. Era favorita de Diana e acompanhava-a em suas caçadas. Tinha um defeito, porém: falava demais e, em qualquer conversa ou discussão, queria sempre dizer a última palavra.

Certo dia, Juno saiu à procura do marido, de quem desconfiava, com razão, que estivesse se divertindo entre as ninfas. Eco, com sua conversa conseguiu entreter a deusa, até as ninfas fugirem. Percebendo isto, Juno a condenou com estas palavras:

- Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste para uma coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última palavra, mas não poderás falar em primeiro lugar.

A ninfa viu Narciso, um belo jovem, que perseguia a caça na montanha. Apaixonou-se por ele e seguiu-lhe os passos. Quanto desejava dirigir-lhe frases gentis e conquistar-lhe o afeto! Isso estava fora de seu poder, contudo. Esperou, com impaciência, que ele falasse primeiro, a fim de que pudesse responder. Certo dia, o jovem, tendo se separado dos companheiros, gritou bem alto:

Eco e Narciso - Nocolas Poussin
- Há alguém aqui?

- Aqui – respondeu Eco.

- Narciso olhou em torno e, não vendo ninguém, gritou:

- Vem!

- Vem! – respondeu Eco.

- Por que foges de mim? – perguntou Narciso.

Eco responde com a mesma pergunta.

- Vamos nos juntar – disse o jovem.

A donzela repetiu, com todo ardor, as mesmas palavras e correu para junto de Narciso, pronta a se lançar em seus braços.

- Afasta-te! – exclamou o jovem recuando. – Prefiro morrer a te deixar possuir-me.

- Possuir-me – disse Eco.

Mas tudo foi em vão. Narciso fugiu e ela foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques. Daquele dia em diante, passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo definhou, até que as carnes desapareceram inteiramente. Os ossos transformaram-se em rochedos e nada mais dela restou além da voz. E, assim, ela ainda continua disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra.

A crueldade de Narciso nesse caso não constitui uma exceção. Ele desprezou todas as ninfas, como havia desprezado a pobre Eco. Certo dia, uma donzela que tentara em vão atraí-lo implorou aos deuses que ele viesse algum dia a saber o que é o amor e não ser correspondido. A deusa da vingança ouviu a prece e atendeu-a.

Narciso - Caravaggio
Havia uma fonte clara, cuja água parecia de prata, à qual os pastores jamais levavam rebanhos, nem as cabras monteses freqüentavam, nem qualquer um dos animais da floresta. Também não era a água enfeada por folhas ou galhos caídos das árvores; a relva crescia viçosa em torno dela, e os rochedos a abrigavam do sol. Ali chegou um dia Narciso, fatigado da caça, e sentindo muito calor e muita sede. Debruçou-se para desalterar-se, viu a própria imagem refletida na fonte e pensou que fosse algum belo espírito das águas que ali vivesse. Ficou olhando com admiração para os olhos brilhantes, para os cabelos anelados como os de Baco ou de Apolo, o rosto oval, o pescoço de marfim, os lábios entreabertos e o aspecto saudável e animado do conjunto. Apaixonou-se por si mesmo. Baixou os lábios, para dar um beijo e mergulhou os braços na água para abraçar a bela imagem. Esta fugiu com o contato, mas voltou um momento depois, renovando a fascinação. Narciso não pôde mais conter-se. Esqueceu-se de todo a idéia de alimento ou repouso, enquanto se debruçava sobre a fonte, para contemplar a própria imagem.

- Por que me desprezas, belo ser? – perguntou ao suposto espírito – Meu rosto não pode causar-te repugnância. As ninfas me amam e tu mesmo não pareces olhar-me com indiferença. Quando estendendo os braços, fazes o mesmo, e sorris quando te sorrio, e respondes com acenos aos meus acenos.

Suas lágrimas caíram na água, turbando a imagem. E, ao vê-la partir, Narciso exclamou:

- Fica, peço-te! Deixa-me, pelo menos, olhar-te, já que não posso tocar-te.

Com estas palavras, e muitas outras semelhantes, atiçava a chama que o consumia, e, assim, pouco a pouco, foi perdendo as cores, o vigor e a beleza, que antes tanto encantara a ninfa Eco. Esta se mantinha perto dele, contudo, e, quando Narciso gritava: “Ai, ai”, ela respondia com as mesmas palavras. O jovem, depauperado, morreu. E, quando sua sombra atravessou o rio Estige, debruçou-se sobre o barco, para avistar-se na água.

As ninfas o choraram, especialmente as ninfas da água. E, quando esmurravam o peito, Eco fazia o mesmo. Prepararam uma pira funerária, e teriam cremado o corpo, se o tivessem encontrado; em seu lugar, porém, só foi achada uma flor, roxa, rodeada de folhas brancas, que tem o nome e conserva a memória de Narciso.

Flor de narciso (Narcissus cyclamineus)


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Momento Itália no Brasil

A logo criada por Washington Olivetto, mistura os dois principais monumentos dos dois países.

O Brasil receberá de outubro de 2011 a julho de 2012, mais de 200 eventos que marcarão o Movimento Itália no Brasil. Serão exposições, peças de teatro, espetáculos de dança, shows de música e mostras de cinema espalhados em 11 cidades brasileiras.

O espetáculo de abertura foi "Ensaio sobre a beleza" que aconteceu na Cinelândia-RJ no dia 15 de outubro e foi apresentado por um total de 100 bailarinos brasileiros e italianos.

Cartaz do espetáculo
Uma das exposições previstas é Modigliane, Imagens de uma Vida,  do artista italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), que o Rio de Janeiro receberá em janeiro de 2012.  Serão cerca de 170 peças, incluindo pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias de época e um núcleo batizado de Os amigos de Modigliani, com trabalhos de artistas que orbitaram em torno do homenageado.  (Fonte: Revista Bravo!)


Curiosidades sobre o artista

Modigliane e Pablo Picasso nutriam a mesma paixão pelas mulheres. Porém, Modigliane não concordava como Picasso as retratava e dizia que a beleza feminina não podia ser transformada em um cubo.

Nu couche de dos. 1917. 
Barnes Foundation, Lincoln University, Merion, PA, USA.

Retrato de Jeanne Hebuterne, 1920

A obra acima foi concluída no mesmo ano da morte do artista. Tratase de sua musa e amante, a francesa Jeanne Hebuterne. Pouco depois de concluir a obra, contrai meningite tuberculosa e morre aos 36 anos de idade. Jeanne, grávida, suicida-se no dia do funeral do artista.


E aí, gostou? Quem quiser conferir essa exposição antes dela acontecer aqui no Rio de Janeiro, dê um pulinho em Vitória:

Modigliani – Imagens de uma vida
De 18 de outubro a 18 de dezembro
Palácio Anchieta, Salão Afonso Brás
Vitória-ES

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Filmes e Música

Meus amigos sabem que eu gosto muito de música e gosto muito de filmes também, qualquer tipo de filme. Alguns filmes não são tão bons, mas sempre tem aquela cena que fica, que marca e que, as vezes, faz o filme valer a pena... ou não!
Listei abaixo alguns filmes onde os protagonistas interpretam canções conhecidas. Algumas cenas são memoráveis e se tornam a melhor parte do filme, seja ela por ser engraçado ou por nos emocionar.

Moulin Rouge: Amor em Vermelho


O Jovem escritor Christian (Ewan Mcgregor) se apaixona pela dançarina do Moulin Rouge, Satine (Nicole Kidman).  E uma das cenas mais lindas do filme é quando ele canta “Your Song” de Elton John. Nesse momento até a lua se encanta e entra como backing vocal.


Your song é uma das músicas mais linda que eu já ouvi.


O casamento do meu melhor amigo

Quando Juliane (Julia Roberts) recebe a notícia de que seu melhor amigo vai se casar, ela descobre que está apaixonada por ele. Então ela recorre a seu eterno e fiel amigo George (Rupert Everett), para tentar impedir esse casamento.  Fingindo-se de noivo de Juliane, George, no jantar de noivado, quase mata a amiga de vergonha quando canta “I say a little prayer” que é acompanhado por todos no restaurante.
Eu... simplesmente, adoro essa cena!



Vestida para casar

Jane Nichols sempre era madrinha de casamento de amigas e sonhava com o dia do seu próprio casamento. Ela nutria uma paixão platônica pelo seu chefe que se apaixonou por sua irmã mais nova.  Um dia ela conhece Kevin Doyle, que escreve artigos sobre casamento para uma revista que ela adora ler. 
Um dia, num bar, depois de beberem um pouco mais, eles cantam um clássico de Elton John, “Benne and the Jets” para delírio dos frequentadores do local.
O filme é desses água com açúcar com o final óbvio demais. Mas pra mim, que adoro Elton John, valeu pela canção.



Duets – Vem cantar comigo

Infelizmente eu não assisti (ainda), mas sei que é uma das ótimas cenas desse filme é quando Gwynet Patrow e Huey Lewis sobem ao palco para cantar "Cruisin".




10 coisas que eu odeio em você

Quem não queria um Heath Ledger (se estivesse vivo) cantando "Can't take my eyes off of you" para você, em alto e bom som para todos ouvirem?  Menina de sorte essa Julia Stiles!