Gotas de beleza

"A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica". (Pablo Picasso)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Livro: O Berço da desigualdade

O primeiro post de 2012 é sobre o livro “Berço da Desigualdade”, lançado em 2005 pela Unesco em parceria com a fundação Santillana.  


Em pleno século XXI onde as informações chegam para nós de uma forma imediata, onde para muitos as escolas são equipadas por aparelhos de última geração, é difícil acreditar que para outros, as invenções do novo século ainda não chegou. Muitos, dependendo do “berço”, ainda estudam em salas de aula improvisadas, com carteiras quebradas, materiais didáticos precários sem o mínimo de condições para uma educação digna, mas que apesar de tudo continua resistindo com professores e crianças cheios de esperanças em mudar essa realidade.

É disso que trata o livro “Berço da desigualdade”, sobre a diversidade das situações educativas pelo mundo e a esperança em mudá-la. Com fotos de um dos maiores fotojornalistas do Brasil, Sebastião Salgado e texto do ex-ministro da educação Cristovam Buarque, o livro é um convite à reflexão sobre a precária educação no Brasil e em outros países como Peru, Afeganistão e Quênia. As fotos e os textos são testemunhas da crise na educação e os meios para superá-la.
 Essas fotos refletem a esperança e a alegria das crianças de todas as culturas, em face do poder de transformação próprio da educação, e os textos que as acompanham contribuem para a necessária reflexão, que cada um de nós deve fazer a respeito da dimensão ética da educação em nosso mundo contemporâneo.” (Koïchiro Matsuura, Diretor-Geral da Unesco)
Fotos e reflexões

Quênia - Escola para jovens refugiados do sul do Sudão, 1993
"Talvez escolas com dromedários sejam mais divertidas,
mas certamente menos promissoras".


Sul do Sudão - Escola em um campo de expulsos pela guerra, 1995
"No quadro está escrito o perigo;
nos olhos, para onde ir amanhã".


"Oito mil anos depois da invenção dos sapatos,
pequenos pés descalços são marcas vergonhosas do
descaso da civilização com as crianças".

Paraguai - Escola rural na região de Pedro Juan Caballero, 1978
"Ciência e pés descalços:
resumo do mundo moderno".


"Certas escolas são equipadas apenas
com a obstinação dos que desejam aprender".
Quênia - Escola na região do Lago Turcana, 1986
"Nem sapatos nos pés, nem cadeiras na escola,
a civilização só globaliza o que lhe dá lucro".


Líbano - Escola para crianças palestinas (próxima a Tiro), 1998
"As crianças que vivem exiladas
são incapazes de desfrutar a beleza das borboletas
ou serão menos capazes de sonhar com a leveza da liberdade?"


Brasil - Escoal em um acampamento MST (Movimento dos Sem-Terra), 1996
"Este é um mundo de sem-terra
e de quase-escola".


Somália - Escola corânica, 2001
"Meninos e professor
sozinhos na aula e no mundo".


Quênia - Escola na região do Lago Turcana, 1986
"A alegria de cada escola está na confiança do professor
e na descoberta de mãos levantadas".


Afeganistão - Escola em um campo de refugiados, 1996
"Educar meninas é educar o mundo".

2 comentários:

  1. Olá LILI

    Sou seu mais novo seguidor.

    Seu texto torna explícito o que todos nós deveriamos lutar contra, porém aqui pra nós, a maioria esta tão comprometida com as causas desta tragédia desumana, que certamente jamais irá mover uma palha para reconsrtuir tanta desigualdade.

    Que que eu minta?

    Parabéns seu blog é muito inteligente e o lerei cuidadosamente, pois agora estou lhe fazendo um convite para conhecer meu blog de humor: HUMOR EM TEXTOS.

    A crônica desta semana é :CRIANÇAS, FIQUEM QUIETAS E NÃO MEXAM EM NADA.

    E se não gostar desta crônica, no blog existem mais de 150 outras arquivadas.

    É humor e de graça.

    Voltarei breve.

    Um abração carioca.

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  2. Obrigada Paulo! Fico feliz que tenha gostado e lisonjeada com a visita.
    Não, vc não precisa mentir,sabemos que para mutas pessoas a questão da desigualdade é problema dos outros.

    Prometo que vou conhecer seu blog, ainda mais sendo de humor, pois já que não podemos mudar o mundo, pelo menos podemos rir com ele.

    Um abraço e seja bem vindo!

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