Gotas de beleza

"A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica". (Pablo Picasso)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os móbiles de Alexander Calder


“... uma sublimação de uma árvore ao vento”.
Marcel Duchamp acerca dos móbiles de Calder

Rouge Triomphant (Triumphant Red) (1959-1963)

Alexander Calder (1898-1976) nasceu na Pensilvânia-EUA. Desde muito cedo teve contato com a arte, seu pai era escultor e sua mãe pintora e além disso, quando criança construía seus próprios brinquedos. Era formado em Engenharia Mecânica e antes de se dedicar a escultura foi pintor e ilustrador.


O primeiro artista a explorar o movimento em uma obra de arte.

Quando Calder visitou o ateliê de Piet Mondrian, ficou fascinado com os enormes retângulos coloridos que o artista mudava constantemente de posição, a partir desse momento mergulhou no universo abstrato. Mas para Calder a arte não deveria ser rígida e estática, assim como Mondrian, ele queria uma arte que refletisse as leis do universo, que está em constante movimento porém, em perfeito equilíbrio e harmonia. Com este pensamento, deu início às suas esculturas que mudavam de posição conforme o vento e que Marcel Duchamp deu o nome de “móbiles”.

Quando vivo, Calder esteve no Brasil nos anos de 1948 e 1959, onde expos no Museu de Arte de São Paulo e em 1960 veio assistir o Carnaval do Rio de Janeiro e trouxe na bagagem uma maquete da escultura que deveria ser colocada na Praça dos Três poderes em Brasília. Porém, este projeto jamais fora executado. 

Em 2006/2007, o Paço Imperial do Rio de Janeiro recebe a exposição “Calder no Brasil”, que mostrou a estreita relação do artista com o país.

Quando se fala em “móbiles”, a primeira coisa que nos vem à mente são aqueles pequenos penduricalhos coloridos que enfeitam os quartos de crianças. Então, qual não foi minha surpresa quando eu vi aquela enorme escultura de ferro pendurada em uma sala do Paço Imperial e que balançava suavemente com a brisa do ar condicionado. Fiquei maravilhada! Calder, em sua genialidade, “consegue captar o movimento de objetos que são fadados por natureza à imobilidade, como o bronze ou o ouro” (Jean Paul Sartre).

O móbile de Calder:
Era um móbile pareceido com esse.

Calder me lembra muito Miró. Muitas de suas esculturas parecem as divertidas figuras de Miró que ele resolveu transportá-las do plano bidimensional para o tridimensional.



Utilizando meus "dotes" artísticos, resolvi criar alguns móbiles em tamanho menor (claro!)  utilizando arames e cartolinas.  Vi que não é nada fácil dar o equílíbio certo à peça. É preciso calcular bem a distância e o tamanho das placas coloridas para que você consiga o "equilíbrio" desejado. Viva Calder!

Perdoem-me pelas fotos e pela bagunça ao fundo, estávamos produzindo.
Mesmo em tamanho pequeno, deu trabalho.
Depois de pronto, presenteei a amiga Gabriela.
Dei o nome de "Dragonfly", tinha mais ou menos uns 30 cm.  A pintura da parede  não ajudou muito.
Ficou durante muito tempo pendurado na varanda lá de casa.

Fonte: História da Arte, Gonbrich.

4 comentários:

  1. Caraca, mt bom!!! (Agora veja se isso é comentário de alguém graduado em Artes. rsrs) Mas "gostchu muitchu" de Calder... Também estava lá no Paço Imperial/RJ com vc Lili... Tbm fiquei surpreso e maravilhado com as obras desse grande mestre. Parabéns pelo blog mais uma vez!! Bjus! Boa leitura a todos e manda p cá esse cafezinho q tá cheiroso q só! rsrs

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  2. Muito bom Lica! Poxa... O Rubens, o Fabio e o Rafa, nem tão seguindo o meu blog!!!! buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

    Lica cria um banner de 120x60, que eu divulgo la no meu blog!

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  3. Obrigada meus queridos. A minha intenção é postas com uma certa frequencia, mas quem disse que eu consigo? O tempo não deixa!

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